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CONTO - ACÁCIA
Descrição: (Alda de Cássia Ferreira )


 

 

Nos primeiros raios do sol do mês de Setembro, uma plantinha começou a desabrochar, em meio a tantas outras que habitavam o zoológico. Agora sim! Podia sentir o calor da bela manhã de sol, ouvir o barulho das folhas caindo ao toque do vento e sentir o perfume das vermelhas rosas, suas amigas .

 

Encolhidinha ela havia ficado diante daquele temporal. O vento era forte e muito frio. As nuvens negras pareciam despejar o resto de água da lavagem dos quartos de São Pedro. No tempo da vovó Mundica se ouvia muito essas estórias. Boneca feita de jornal atrás da porta servia, além de mandar embora a visita indesejada, também servia para desterrar o temporal.

 

O vento e a chuva quase a levaram. Resistiu firme ao temido furacão vento-ventania, nome popular do temido vento fortíssimo  que costumava desabrigar milhares de pessoas e afogar as inúmeras plantas do zoológico. Mas, suas amigas rosas não foram tão felizes. Foram jogadas de um lado ao outro. Gritaram, seguraram-se nas margaridas, nos galhos das árvores secas. Tudo em vão !

 

No lugar delas, agora, restou não só um espaço, mas uma saudade imensa que persistia em doer no coração de Acácia. Saudades das conversas no final da tarde e da amizade semeada durante dois longos anos. O que restou ?  Lembranças de um tempo que não voltará mais ! Quando se perde verdadeiros amigos, se perde irmãos. Assim, pensava a doce e triste Acácia.

 

Toda a manhã acordava com o canto dos pássaros e os raios do sol. Hoje, triste, não quer mais conversar com ninguém. Cabeça baixa, olhar perdido no horizonte e uma lágrima nos olhos. Um papagaio tenta animá-la com suas imitações. A ema dança para encantar e a hiena risonha não consegue vê-la sorrir. Indiferente, ela ficou. “Até quando?” Perguntavam os coelhos.

 

Foi quando apareceu uma criança e a tocou. Um toque tão meigo e carinhoso, que espalhou-se por todo o corpo e atingiu em cheio o seu coração sem esperança. Quanta ternura em um afago! O sorriso da pequena Astrah completou a sua felicidade.

 

Hoje, quem vai ao zoológico encanta-se com a beleza e a harmonia de uma planta ornamental. Parece com brilho e com uma luz celestial. Ela dança com a harmonia do vento e floresce com o canto dos pássaros seus novos amigos.

 

Só o Amor é o remédio para as dores da perda. Quando a dor se tornar insuportável peça a Deus resignação.  Ele sabe a necessidade da transformação que ela proporciona no coração do ser humano,  conhece os  medos, como também acredita na sua superação.

 

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DADOS DO VENDEDOR
Alda de Cássia Ferreira
alda-cassia@ig.com.br
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Belém/PA - CEP:
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